segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Match: Carla de Araçatuba conhece o Rodrigo de Lins (Conto erótico)

Nunca pensei que um aplicativo de celular pudesse me proporcionar uma experiência tão inesquecível. Quando minhas amigas me disseram que estavam pegando geral com o Tinder, eu nem dei bola. Na época, como eu namorava, nem liguei. Além disso, não podia ter esse tipo de aplicativo no meu telefone, meu namorado era muito ciumento. Mas o namoro estava uma bosta e terminamos de repente. O Guilherme era só um pau que me fodia, e fodia bem mal. Depois de um certo tempo, se o cara não fizer por onde, o encanto acaba. Tem que se superar a cada dia. Então, como quase sempre acontece depois de um término de relacionamento, voltei a sair com as amigas. A Fernanda me incentivou muito a baixar e instalar o Tinder, ela disse que tinha muitos gatos dando sopa na cidade e que isso iria ajudar a me distrair um pouco. Sem contar os carinhas de outras bandas que vinham só para dar uma trepada com ela. Era simples: se você não fosse muito exigente, era fácil conseguir uma foda. O que não falta nesse mundo é um pau duro querendo gozar.
Atualmente moro em Araçatuba e comecei a trocar ideia com um cara de Birigui. É meio difícil desenrolar um papo bacana com caras de cidades pequenas. Pode ser preconceito meu, mas acho que eles só pensam merda. Mas, por incrível que pareça, o Rodrigo tinha um papo cabeça que conseguiu me prender. A gente conversava quase todos os dias e o meu tesão por ele foi aumentando. Ele falava de viagens, projetos e sonhos. Toda a audácia que eu não tinha ele demonstrava. Isso me fez ficar pirada nele. Ele tinha 29 anos e já tinha conhecido 8 países. A cada história que ele contava, eu melava a calcinha. Quando me dei conta, estava trocando nudes com ele. Mandei foto dos seios e ele do pau. E que pau atraente ele tinha! Ainda nem o possuía e já não me imaginava mais sem aquela pica. A coisa começou a ficar quente e não tivemos outra alternativa a não ser marcar um encontro. A gente realmente precisava se ver. Ele dizia que me desejava como nunca havia desejado ninguém. Prometeu me levar para conhecer Veneza. A gente iria trepar em cima de uma gôndola em movimento. Cena de filme pornô! Era a aventura que eu estava precisando.
Marcamos de nos encontrar em um barzinho da cidade. De todo modo, é sempre bom se precaver. Um lugar movimentado era adequado. Nunca sabemos se vamos encontrar um doido pela frente. Demorei um pouco a chegar, para valorizar a expectativa dele. Além disso, tive que me depilar, arrumar o cabelo, maquiagem etc. Essas coisas tomam tempo. É um mal necessário. Ainda mais hoje, pois eu tinha certeza de que valeria a pena. Eu o queria com uma intensidade que me deixava até mesmo insegura. Mesmo sendo uma mulher bonita e relativamente madura – tenho 28 anos – não estava certa se saberia como me portar na frente dele.
O fato é que estava um pouco nervosa. O salto era alto demais e isso me atrapalhava ainda mais. Ao entrar no bar, avistei um cara de camisa jeans, calça cáqui, com a barba por fazer e com os cabelos penteados para trás, então tive a certeza de que era ele. Sem perceber, fitei o seu pau por cima da calça. O volume era aparente e senti aquele molhadinho gostoso lá embaixo. Ele me olhou e também me reconheceu. É claro que ele não perderia a chance de me dar um selinho no canto da boca ao me cumprimentar. Não deu outra! É claro que eu facilitei, mas ele era esperto e isso me atraía muito. Adoro um cara sacana, desses que sabem do que nós gostamos.
Entre cervejas geladas, alguns petiscos e trocadilhos infames, a conversa rolou solta. Ele me olhava com olhos devoradores e eu já me imaginava de quatro na cama sendo fodida com gosto. Às vezes eu sorria e, às vezes, sem perceber, mordia os lábios. Era uma marca minha e o caras curtiam. Uma hora e meia depois ele me chamou para dar uma volta. O famoso “que tal um lugar mais tranquilo?!”. Eu me deixei levar pelo jogo e apenas concordei com um leve sorriso. Ele pagou a conta, como manda a cartilha. Era, além de tudo, um cavalheiro.
Chegando no carro, ele abriu a porta para que eu entrasse. Ele já havia me conquistado por ser dotado e ainda por cima era romântico. No caminho para um lugar qualquer – não importava para onde iríamos, pois eu só queria estar com ele – fantasiei inúmeras cenas. Ele havia ligado o rádio e colocado um som bem relaxante. Juntamente com o efeito das cervejas, isso me deixava no grau. Como eu estava de vestido, deixei com que ele subisse um pouco. Queria que ele me olhasse, que me desejasse. Com as pernas um pouco à mostra, percebi que ele me olhava de relance, tentando disfarçar o tesão indissimulável que latejava dentro da calça. Não resisti e, quando me dei conta, estava com a mão esquerda sobre a sua coxa direita. Enquanto conversávamos, eu o alisava e o apertava levemente. Ele fez o mesmo: colocou sua mão forte sobre minha coxa esquerda, já quase toda descoberta. Eu estava arrepiada e já minava por debaixo da calcinha, que era um fio dental branco. Sem que eu pudesse fazer nada para evitar, senti seu dedo escorregar buceta adentro, me penetrando deliciosamente. Que tesão! Nunca tinha feito isso antes. Enquanto ele dirigia, me masturbava como um maestro regendo a sua sinfonia. Eu já estava arreganhada e gemendo como a vadia que eu estava sendo. E nada no mundo poderia me fazer mudar de ideia naquele momento. Eu queria chupá-lo!

Abri o botão e o zíper e vi saltar para fora aquele pau roliço que eu tanto almejava. Ele estava sem cueca, o que facilitou muito para mim! Comecei a mamar como uma bezerrinha faminta. Esfregava a cabecinha na minha boca e na minha cara. Batia com ela na minha língua e brincava como quem acaba de ganhar o presente favorito. Tentava colocar tudo na boca e depois acariciava com a língua de baixo até em cima. Eu já não aguentava mais esperar. Ele teria que me foder ali mesmo. O carro era espaçoso o suficiente para que pudéssemos dar uma boa trepada ali. Então ele estacionou numa rua escura e sem movimento, fomos para o banco de trás, ergui o meu vestido e fiquei de quatro, como havia desejado. Ele tirou minha calcinha de lado e estocou com força dentro de mim. O desgraçado sabia meter! Ele bombava como se aquilo fosse a última coisa que ele fosse fazer. Eu não me importava se tinha alguém olhando ou não. Só queria sentir aquele pau dentro de mim. De repente, sinto seu dedo penetrar o meu cu, enquanto ele socava toda a pica na buceta. Eu não sabia que queria aquilo, mas ele sabia. Ele me lambuzou ainda mais, para que eu pudesse aceitar prontamente por trás. Eu sussurrava “me fode, seu vagabundo!” e ele dizia “gosta de dar de quatro, cachorra?”. Eu não compreendia como tínhamos chegado até ali, eu não tinha o hábito de transar no primeiro encontro, mas o Rodrigo tinha me enfeitiçado. Sem que ao menos tivéssemos nos beijado de verdade, ele abriu a minha bunda e socou no meu rabo. O pau entrou liso. Como ele fez aquilo até hoje eu me pergunto, só sei que foi maravilhoso. Eu rebolava e ele metia, era um ritual de acasalamento dentro de um carro parado no meio de uma rua qualquer. Então ele apertou a minha cintura com força e gemeu “vou gozar!”. Eu já tinha gozado duas vezes, então deixei que ele tivesse o prazer que merecia. Não tenho vergonha de usar esses termos, assim como não tive vergonha de fazer o que fiz. Não me arrependo de nada. Depois que terminamos, ele me levou pra casa e prometemos manter contato, decidiríamos os detalhes da nossa viagem a Veneza. O que eu não contava é que ele me abandonaria como abandona os países que conhece, conquista, usa e deixa para trás. Voltei pro Tinder agora sabendo de fato como as coisas funcionavam.


Marco Hruschka

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Maringá, Paraná, Brazil
Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.

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"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.

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